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Gerdau (GGBR4) sobe com tarifa dos EUA e tem alta prevista

Redação , , ,

A Gerdau (GGBR4) abriu a semana com forte alta na B3 após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar o aumento das tarifas sobre o aço e alumínio importados. A tarifa saltou de 25% para 50%, beneficiando diretamente as operações da empresa no mercado norte-americano.

Impactos no Ebitda e perspectivas financeiras

Segundo relatório do BTG Pactual, cerca de 60% do Ebitda da Gerdau provém das operações nos Estados Unidos. Portanto, o aumento das tarifas tende a melhorar significativamente a lucratividade nessa região. Além disso, essa vantagem pode ajudar a compensar o desempenho mais fraco no Brasil.

Os analistas do banco estimam que o Ebitda da Gerdau pode crescer 12% caso o preço do aço suba 5% nos EUA. Da mesma forma, o fluxo de caixa livre projetado para 2026 pode subir de 10% para 13%, impactando positivamente as finanças da empresa.

Confiança recuperada

Além disso, o BTG destaca que o cenário favorável nos preços do aço pode restaurar a confiança dos investidores na capacidade da Gerdau de atingir margens de Ebitda próximas a 20%. Essa melhoria estratégica pode impulsionar o valor das ações no mercado brasileiro.

Recomendação de compra e potencial de valorização

Diante dessas análises, o BTG considera as ações da Gerdau negociadas com desconto na B3. Por esse motivo, recomenda a compra dos papéis, estabelecendo preço-alvo de R$ 20, representando um potencial de alta de 31% comparado ao fechamento anterior.

A título de ilustração, as ações GGBR4 avançavam mais de 5%, negociadas a R$ 16,03 às 12h26. Esse movimento confirma a reação positiva do mercado ao anúncio das novas tarifas nos EUA.

Contexto das tarifas e efeitos no setor siderúrgico

Em fevereiro, os EUA já haviam imposto uma tarifa de 25% sobre o aço e alumínio importados. Com o recente anúncio, essa tarifa dobra para 50% e deve entrar em vigor em 4 de março. Essa medida visa proteger a indústria siderúrgica americana e reforça a competitividade das operações locais da Gerdau.

Apesar dos impactos positivos para a Gerdau, outras empresas brasileiras, como Usiminas, CSN e Vale, podem enfrentar efeitos negativos decorrentes dessa política tarifária. Portanto, o aumento das tarifas terá repercussões diferentes no setor siderúrgico nacional.

Em resumo, a decisão do governo americano favorece a Gerdau, elevando suas expectativas financeiras e atraindo o interesse dos investidores. Além disso, destaca as complexidades do mercado global de aço e o papel estratégico das tarifas comerciais.