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Cade aprova compra do Banco Master pelo BRB sem restrições

O Cade aprovou a compra de 58% do Banco Master pelo BRB. O órgão avaliou que a operação não gera risco de concentração no mercado financeiro.

No entanto, a conclusão depende da aprovação do Banco Central. A autoridade vai analisar os impactos regulatórios do negócio. Gabriel Galípolo, presidente do BC, acompanha o processo desde o anúncio da operação, em março.

Detalhes da compra de 58% do Banco Master pelo BRB

O BRB firmou acordo para adquirir 58% do capital social do Banco Master, avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. A transação segue a estratégia do banco para expansão e fortalecimento no mercado financeiro.

O Banco Master agrega experiência em cartão de crédito consignado, câmbio e mercado de capitais, complementando o portfólio do BRB. Além disso, o Will Bank, banco digital do Master, amplia a presença digital do BRB, facilitando o atendimento a públicos de baixa renda.

Operação segue análise do Banco Central

O Banco Central tem prazo de 360 dias para decidir sobre a compra, iniciado em 28 de março. A expectativa é que o parecer saia antes desse prazo. A aprovação do BC é essencial para concluir a operação.

Portanto, o BRB ainda aguarda a autorização para integrar os ativos do Master em seu balanço. A aprovação do Cade reforça a viabilidade regulatória da aquisição.

Contexto dos ativos e riscos envolvidos na operação

O acordo não inclui ativos problemáticos, como precatórios, excluídos da compra pelo BRB. O Banco Master possui política agressiva na captação de crédito, colocando CDBs com rendimentos muito acima da média do mercado.

Essa estratégia gerou uma carteira patrimonial grande, mas trouxe preocupações sobre possível impacto no Fundo Garantidor de Crédito (FGC) em caso de crise.

Além disso, por causa de seus passivos, o Banco Master representa risco de concentração que o Cade avaliou cuidadosamente.

Venda de ativos para BTG reduz riscos

Para mitigar riscos, o controlador do Master, Daniel Vorcaro, vendeu R$ 1,5 bilhão em ativos ao BTG Pactual. Esses ativos incluem imóveis, créditos e ações de empresas importantes do mercado.

Segundo o BTG, esses recursos foram disponibilizados para o Banco Master, fortalecendo sua liquidez e reduzindo o risco para seus credores e para o mercado financeiro.

Assim, a operação ganha maior segurança e sustentabilidade, mesmo diante da complexidade da carteira de depósitos do Banco Master.

Impactos esperados no mercado financeiro com a aquisição

A aquisição potencializa o crescimento do BRB no mercado financeiro. O banco amplia sua carteira de ativos e produtos, sobretudo no segmento de crédito consignado e digital.

Além disso, a operação fortalece o posicionamento competitivo do BRB, permitindo maior capilaridade e diversidade de serviços. O banco também amplia sua participação em depósitos e operações financeiras.

Por outro lado, a aprovação do Cade demonstra que o negócio não oferece risco de monopólio ou concentração excessiva no setor.

Portanto, a operação representa um movimento estratégico para o mercado financeiro, equilibrando expansão e controle de riscos.