AçõesMercado

Morgan Stanley rebaixa ação da CSN Mineração e reduz preço-alvo para R$5,30

Morgan Stanley rebaixou a recomendação para as ações da CSN Mineração (CMIN3), alterando de “equal-weight” para “underweight”. Além disso, o preço-alvo caiu de R$ 6,20 para R$ 5,30, uma redução de R$ 0,90. Como consequência, as ações da empresa recuaram 4,35%, negociadas a R$ 5,28, às 12h14, horário de Brasília.

Riscos no plano de expansão e impacto financeiro

O banco apontou que o projeto de expansão da CSN Mineração apresenta alto risco de execução. Por outro lado, a mina Itabirito P15, que adicionaria 16,5 milhões de toneladas por ano com teor de 67%, teve seu início adiado quatro vezes, agora previsto para o quarto trimestre de 2027, e não mais em 2023. Portanto, esse atraso afeta as projeções financeiras da empresa.

Além disso, as estimativas de Ebitda mostram redução: R$ 1,63 bilhão no 2º trimestre de 2025 (-3,8%), R$ 6,41 bilhões em 2025 (-9,0%), R$ 7,00 bilhões em 2026 (-15,5%), R$ 6,86 bilhões em 2027 (-16,3%) e R$ 12,10 bilhões em 2028 (-13,3%). O lucro por ação normalizado também caiu, variando de R$ 0,10 no 2T25 a R$ 0,68 em 2028.

Desempenho da CSN Mineração no 1º trimestre de 2025

Por outro lado, a CSN Mineração registrou prejuízo líquido de R$ 357 milhões no 1º trimestre de 2025, contra lucro de R$ 558 milhões no mesmo período de 2024. Porém, a receita líquida cresceu 21,7%, passando de R$ 2,805 bilhões para R$ 3,412 bilhões. Além disso, o custo das mercadorias aumentou 18,4%, totalizando R$ 2,238 bilhões.

O Ebitda ajustado no 1T25 subiu 27,1%, alcançando R$ 1,427 bilhão, superando os R$ 1,123 bilhão do 1T24. Entretanto, apesar das projeções superiores ao consenso, o Morgan Stanley destaca que a ação negocia a um EV/Ebitda de 4,7 vezes para 2025, cerca de 15% acima da média histórica da empresa.